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Feicorte 2024 ressalta a importância da cria na dinâmica do mercado pecuário



O painel "A conta do boi", dividido em duas partes, foi um dos principais destaques do segundo dia Feicorte

Especialistas discutiram como a gestão da cria impacta os preços e a rentabilidade no setor


O painel "A conta do boi", dividido em duas partes, foi um dos principais destaques do segundo dia da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte, realizada em Presidente Prudente (SP). Durante o primeiro ciclo de palestras, foram debatidos temas como análise de mercado anual e lucros no sistema de cria. O evento segue até 23 de novembro, com uma programação que inclui atividades técnicas, leilões, exposições e julgamentos de animais.


Ao abordar o desenvolvimento do mercado pecuário brasileiro em 2024, o médico-veterinário, pecuarista e editor do informativo de mercado pecuário “Notícias do Front”, Rodrigo Albuquerque, analisou o processo de recuperação do setor. Segundo ele, a virada de ciclo tende a ocorrer em cinco etapas: inicialmente, o bezerro começa a recuperar o preço nominal; em seguida, diminui o abate de fêmeas; o boi se valoriza nominalmente; depois, há a recuperação do preço real do boi; e, por fim, o aumento de preços em todas as categorias pecuárias continuará até o limite da demanda.


“O ciclo pecuário determina a direção dos preços, mas a intensidade das variações, tanto de alta quanto de baixa, é moldada na transição entre atacado e varejo, com a exportação ganhando cada vez mais influência. O controle dos preços está na base da cadeia, na cria, e compreender essa dinâmica é essencial, pois ela representa a essência do ciclo pecuário”, destacou. Ele também ressaltou que, em 2025, o mercado viverá um cenário externo mais favorável, permitindo uma exportação competitiva e possibilitando que a indústria continue adiantando os abates. "No entanto, é chegada a hora de fazer investimentos estruturantes na fazenda, se capacitar e se preparar para a próxima crise, pois ela virá", frisou.


O consultor técnico Rogério Fonseca abordou a produção lucrativa no sistema de cria. Segundo ele, as fazendas mais rentáveis gerenciam a lotação de forma eficiente, retirando os animais da seca no momento certo e garantindo que os que permanecem fiquem em melhores condições. "Decisões como essa resultam em vacas com melhor escore corporal e novilhas em melhores condições para a reprodução. Quando a retirada é feita precocemente, tanto vacas quanto novilhas apresentam uma condição corporal superior", destacou, ao apontar os erros mais comuns cometidos pelos pecuaristas, como cortes abruptos na duração da estação de monta e a falta de visão sobre os custos totais.


Em complemento, o médico-veterinário, proprietário da empresa Firmasa Tecnologia para Pecuária, especializada em Biotecnologia da Reprodução e Produção Bovina, e diretor técnico da empresa PEC 4.0 - Pecuária de Precisão, Luciano Penteado, ressaltou que a conta da cria está sempre associada à gestão. No entanto, ao falar sobre gestão, muitas vezes há confusão entre gestão financeira e produtiva. Alguns se concentram exclusivamente na gestão financeira, focando apenas no fluxo de caixa, enquanto outros priorizam a gestão produtiva e negligenciam a parte financeira, o que pode levar a perdas significativas.


“O equilíbrio entre essas duas áreas é essencial. E qual é o melhor caminho a seguir? Sem dúvida, investir em tecnologia. Nesse caminho, há diversas opções a serem consideradas, como reprodução, melhoramento genético, socialidade e nutrição, entre outras. Investir em tecnologia sempre garante o melhor retorno. A inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é um exemplo claro disso, pois trouxe não apenas um grande avanço no melhoramento genético, mas também uma melhoria significativa na eficiência reprodutiva e no retorno econômico”, contextualizou.

 

 

 

 

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